Imagens exibidas nesta sábado pela First National TV, da Tunísia, mostraram que o presidente deposto do país, Zine al-Abidine Ben Ali, escondia em seu palácio uma fortuna avaliada em milhões. As imagens mostram pilhas de dinheiro (dola, jóias, ouro e diamantes que ficavam guardadas em lugares secretos do local.
Segundo o canal, os bens serão distribuídos a população. A renda per capita diária de um tunisiano é de aproximadamente US$ 10 por dia.
Os bens da família de Zine El Abidine Ben Ali no Canadá são avaliados entre US$ 10 e 20 milhões, noticiou também neste sábado o jornal "The Globe and Mail", e a Tunísia exige a Ottawa que congele os bens do clã do ex-presidente.
O governo tunisiano pediu há três semanas ao Executivo canadense que congele os bens de pessoas próximas do ditador deposto, assim como extradite seu cunhado Belhassen Trabelsi, um poderoso homem de negócios milionários que chegou a Montreal a 20 de janeiro.
"A gendarmeria real do Canadá (GRC, polícia federal) e outras agências já começaram as investigações. Mas sem provas sólidas que indiquem que a procedência dos fundos é fraudulenta, é possível ir mais longe", disse ao jornal Bob Paulson, vice-comissário, encarregados dos inquéritos internacionais.
Diferente de Suíça e União Europeia, o Canadá ainda não respondeu aos pedidos do novo governo tunisiano, alegando que precisa de mais detalhes sobre os bens e as acusações contra as pessoas pertinentes.
Ben Ali, de 74 anos, foi deposto em 14 de janeiro, após quase um mês de revoltas populares depois de 23 no poder, e fugiu com a família para a Arábia Saudita.
Segundo fontes, ele estaria bastante doente.