A Agência de Segurança Industrial e Nuclear do Japão disse na manhã desta segunda-feira (14 - horário local do Japão; noite de domingo no Brasil) que uma explosão de hidrogênio ocorreu no reator número 3 da usina nuclear número 1 do complexo de Fukushima. Imagens da da rede japonesa de TV NHK mostraram fumaça cinza sobre a área após a explosão.
Segundo a NHK, seis pessoas ficaram feridas. O porta-voz do governo japonês, Yukio Edano, acrescentou que são poucas as possibilidades de haver um vazamento radioativo.
Conforme a agência de notícias japonesa Jiji, que citou como fonte a Tokyo Electric Power, dona da usina, a explosão não danificou o reator. A notícia da preservação foi confirmada pelo governo.
Desde o terremoto de sexta-feira (11), engenheiros japoneses trabalham para evitar um desastre nuclear na usina, que foi gravemente danificada durante o tremor. Na usina, localizada na costa nordeste a 200 km de Tóquio, técnicos estão injetando água do mar nos reatores para tentar controlar a temperatura, já que o superaquecimento pode provocar explosões e acidentes.
Alerta mundial
A ameaça de um grande acidente nuclear no Japão trouxe à tona preocupações em outros países a respeito da segurança desse tipo de instalação.
Na Alemanha, a chanceler Angela Merkel descreveu a crise no Japão como um momento decisivo para o mundo. Segundo ela, os padrões de segurança nas usinas nucleares alemãs serão revistos. O discurso de Merkel foi feito após um protesto, na véspera, reunir dezenas de milhares de manifestantes, que criticavam o projeto do governo de ampliar o uso dos reatores nucleares do país.
Nos Estados Unidos, o senador Joe Lieberman afirmou que Washington precisa interromper o desenvolvimento de usinas nucleares, até que as lições do que ocorreu no Japão sejam aprendidas.