Evo Morales defende uso das águas em fronteira com o Chile

Rio na fronteira entre Chile e Bolívia é motivo de controvérsia entre países

Presidente da Bolívia, Evo Morales, e vice-presidente do Irã | AFP
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O presidente da Bolívia, Evo Morales, defendeu neste sábado (14) que as águas do rio Silala, que fica próximo à fronteira entre a Bolívia e o Chile, formam um manancial e que podem ser usadas para abastecimento público. Ele apresentou garrafas desta água que serão distribuídas na Cúpula do G77 e China, realizada neste fim de semana em seu país. O recurso é objeto de controvérsias com o Chile.

O líder apresentou com "enorme alegria" as garrafas "comemorativas" da Cúpula do G77 e destacou que se trata de água muito saudável que também será engarrafada para o consumo interno.

As águas do rio Silala, na região andina de Potosí, são objeto de uma controvérsia porque o Chile defende que se trata de um rio de curso internacional que beneficia o norte de seu território, enquanto a Bolívia assegura que é um manancial, cujas águas foram desviadas por canais artificiais.

Além da controvérsia pelos recursos do Silala, a Bolívia mantém com o Chile um conflito judicial para exigir uma restituição de sua saída ao Pacífico.

O governo de Evo Morales, apresentou no ano passado um requerimento perante a Corte Internacional de Justiça de Haia para pedir uma decisão que obrigue o Chile a negociar definitivamente uma saída ao Pacífico, após mais de cem anos de diálogo sem resultados.

O ex-presidente Carlos Mesa (2003-2005), tinha sido designado por Morales para apresentar o tema do julgamento contra o Chile em uma atividade paralela na sede da Cúpula do G77, mas o ato foi suspenso.

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