Nesta segunda-feira (20), os Estados Unidos comemoram 50 anos da ida do primeiro norte-americano a orbitar a Terra. Em 20 de fevereiro de 1962, John Gleen foi escolhido pela Nasa para ir ao espaço, colocando o país em uma corrida acirrada com a União Soviética, que tinha enviado o cosmonauta Yuri Gagarin para o espaço dez meses antes.
Após cinco décadas Gleen culpa a administração do ex-presidente George Bush como responsável pela falta de capacidade da Nasa em não enviar mais pessoas em missões.
O fim do programa de ônibus espaciais no ano passado deixou os Estados Unidos dependente de seu ex-inimigo da Guerra Fria para enviar astronautas à Estação Espacial Internacional, de propriedade conjunta, que fica a 385 quilômetros acima do planeta.
"Lamento que essa seja a maneira como as coisas se desenvolveram", disse Glenn a uma multidão de funcionários antigos e atuais da Nasa e convidados no Complexo de Visitantes do Centro Espacial Kennedy, na noite de sábado, parte de uma série de comemorações do 50o aniversário de seu voo.
"Gastamos mais de US$ 100 bilhões colocando a estação espacial lá em cima. É muito ruim que a administração anterior tenha tomado a decisão de acabar com os ônibus espaciais, então agora temos que recorrer a outro lugar até mesmo para chegar até a nossa estação", disse Glenn, que foi senador democrata de Ohio entre 1975 a 1999.