A Administração de Alimentos e Medicamentos do governo dos Estados Unidos informou nesta terça-feira que vai recomendar o fim da proibição perpétua de gays e homens bissexuais doarem sangue. Essa política, que já existe há 31 anos, seria substituída por uma proibição para homens que fizeram sexo com outros homens nos últimos 12 meses.
A proposta será apresentada formalmente no começo do ano que vem e depois será aberto um debate público, para só então o governo norte-americano anunciar uma decisão.
Muitos grupos médicos e ativistas gays dizem que a proibição perpétua para homossexuais masculinos doarem sangue não faz mais sentido, dados os avanços nos testes para identificação do HIV. Todas as doações são testadas para verificar a presença de HIV, mas isso não é totalmente seguro, pois o vírus só é detectado após estar na corrente sanguínea por cerca de dez dias. A proposta de mudança, porém, não agradou todo mundo.
"Alguns acreditam que esse é um avanço, mas na verdade exigir celibato de um ano é uma proibição perpétua de facto", comenta o grupo Gay Men's Health Crisis, que trabalha na prevenção e tratamento da AIDS.
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