Chávez promove um general acusado chefiar drogas

Henry Rangel também insinuou Exército não aceitaria vitória da oposição em 2012

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O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, afirmou nesta quinta-feira (11) que irá promover um alto militar acusado pelos Estados Unidos de ajudar as guerrilhas colombianas a traficar cocaína. Ele será o novo general chefe das Forças Armadas.

O general Henry Rangel é atualmente chefe de operações estratégicas e será promovido ao topo da hierarquia militar neste sábado (13), disse Chávez.

Rangel se envolveu em outra polêmica nesta semana, quando um jornal venezuelano publicou uma entrevista na qual ele teria afirmado que o Exército não aceitaria uma vitória da oposição na eleição presidencial de 2012.

Em discurso ao vivo transmitido por emissoras de rádio e televisão, Chávez disse que as declarações foram analisadas fora do contexto e elogiou Rangel por seu patriotismo.

- Vamos promovê-lo de general-major para general-chefe.

Chávez também criticou José Miguel Insulza, presidente da OEA (Organização dos Estados Americanos), que classificou os comentários de Rangel como "inaceitáveis".

O áudio da entrevista ao site do jornal Últimas Noticias sugere que Rangel estava se referindo ao que as Forças Armadas fariam caso a oposição vencesse em 2012, defendendo o Exército de militares leais a Chávez, em vez da própria vitória da oposição.

Em 2008, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos classificou Rangel e outro importante comandante, Hugo Carvajal, como "chefões das drogas", acusando-os de ajudar materialmente os rebeldes das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Ambos negaram as acusações.

Os EUA frequentemente acusam o governo de Chávez de ser leniente com o tráfico de cocaína. O presidente, que encerrou a cooperação com a Agência Antidrogas dos Estados Unidos há vários anos, afirma que seu governo investiu milhões de dólares no combate aos traficantes.

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