A Casa Branca desmentiu com veemência nesta terça-feira os rumores de que o governo Donald Trump estaria avaliando uma trégua de 90 dias na aplicação de tarifas a produtos importados. A secretária de imprensa Karoline Leavitt classificou como "fake news" a informação divulgada pela CNBC, que havia citado fontes sobre um possível alívio temporário para todos os países, exceto a China.
A reportagem original, baseada em declarações de Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, chegou a impulsionar uma recuperação momentânea nos mercados acionários, com os índices americanos saindo do vermelho e fechando em território positivo. No entanto, a negação oficial fez as Bolsas perderem os ganhos e retomarem a queda, em meio a um dia de forte volatilidade.
A rápida sequência de eventos – rumor, reação do mercado e desmentido – destacou a sensibilidade dos investidores às políticas comerciais de Trump, que nos últimos meses intensificou as tarifas contra a China e outros parceiros comerciais. A indefinição sobre os próximos passos da administração americana deve manter os mercados em estado de alerta, especialmente diante da falta de sinais claros sobre uma possível desaceleração na guerra comercial.
Enquanto isso, a China, principal alvo das medidas protecionistas dos EUA, ainda não se manifestou sobre o episódio. Analistas avaliam que Pequim deve manter sua postura de retaliação gradual, enquanto aguarda movimentos concretos de Washington. O clima de incerteza deve persistir até que haja um posicionamento definitivo da Casa Branca sobre a estratégia comercial para os próximos meses.