Ataques com bombas matam ao menos 33 peregrinos no Iraque

Fragilidade da segurança é exposta no último mês da presença americana

Moradores observam carro destruído por ataque a bomba em Hilla | Reuters
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Uma série de bombas atingiu vários peregrinos xiitas que comemoravam nesta segunda-feira (5) um importante ritual no Iraque, matando pelo menos 33 pessoas, na maioria mulheres e crianças, e ferindo outras, disseram a polícia local e testemunhas.

Os ataques, que ocorreram no auge da Ashura, que lembra a morte do neto do profeta Maomé, Imam Hussein, e define o islamismo xiita, ressaltaram a fragilidade da segurança iraquiana no momento em que as tropas norte-americanas se preparam para se retirar do país até o final do ano.

No primeiro ataque, um carro-bomba explodiu no final de uma procissão xiita, matando 16 pessoas, principalmente mulheres e crianças, e ferindo outras 45, segundo a polícia e testemunhas. O ataque deixou poças de sangue, sapatos e roupas rasgadas pelas ruas.

"Uma explosão forte e horrível ocorreu atrás de nós, e fumaça se espalhou pela área", disse Hadi al-Mamouri, que estava participando do ritual. "Eu só consegui ouvir gritos de mulheres e pude ver os corpos de mulheres e crianças nas ruas."

Um segundo ataque envolvendo duas bombas à beira da estrada matou ao menos seis pessoas em outra procissão em Hilla, ferindo outras 18, segundo fontes policiais.

Autoridades na cidade de Hilla, a 100 quilômetros de Bagdá, impuseram a proibição da circulação de carros para evitar ataques.

Em Bagdá, ao menos 11 pessoas foram mortas e 38 ficaram feridas devido a bombas colocadas em beira de estrada que tinham como alvo pereguinos xiitas em três regiões diferentes, informaram a polícia e fontes hospitalares.

Os ataques ocorreram no momento em que os últimos 10 mil soldados norte-americanos se preparam para a retirada até o final de 2011, mais de oito anos depois da invasão que derrubou o ditador sunita Saddam Hussein e permitiu a ascensão da maioria xiita no país.

Nesta segunda, um grupo insurgente sunita ligado ao partido Baath, de Hussein, que foi banido, prometeu continuar os ataques contra equipes norte-americanas que permanecessem no Iraque após a retirada das tropas.

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