A aviação paquistanesa bombardeou nesta quinta-feira (24) posições talibãs nas zonas tribais do noroeste do país, uma operação que matou pelo menos 12 insurgentes, no primeiro ataque aéreo desde o fim do cessar-fogo, anunciaram autoridades militares.
Em fevereiro, a aviação paquistanesa realizou vários ataques contra refúgios do Tehreek e Taliban Pakistan (TTP), uma coalizão de grupos islamitas que em 1º de março se comprometeu a respeitar um cessar-fogo para retomar as negociações de paz.
Mas na semana passada o TTP se negou a prologar o cessar-fogo, apesar de não ter abandonado o processo de paz, uma postura que provocou o ceticismo de vários analistas.
Nesta quinta, a aviação paquistanesa bombardeou as regiões montanhosas da zona tribal de Khyber, na fronteira com o Afeganistão, onde atuam os talibãs e o Lashkar e Islam, um grupo vinculado ao TTP.
"Pelo menos 12 rebeldes morreram e o balanço pode aumentar", declarou à AFP uma fonte das forças de segurança em Peshawar, a principal cidade do noroeste do país. Não foi possível confirmar o balanço com fontes independentes.
Outra fonte militar afirmou que os bombardeios tiveram como alvos os guerrilheiros envolvidos nos atentados de terça-feira em Sharsadda (noroeste) e no início de abril em um mercado de Islamabad (24 mortos), o mais violento na capital desde 2008.
Também nesta quinta-feira, uma bomba que tinha como alvo um policial matou quatro pessoas e deixou 15 feridos em Karachi, sul do Paquistão.