Os residentes e voluntários que trabalham na reconstrução do nordeste do Japão se preparam para lembrar neste domingo (10) o aniversário do tsunami que arrasou a região e provocou a retirada de mais de 300 mil pessoas.
Na cidade de Ishinomaki, uma das mais afetadas pela tragédia, o tsunami danificou 22.410 edifícios, segundo uma pesquisa da Universidade de Tóquio, e os planos para sua reconstrução seguem indefinidos até hoje.
A Prefeitura já inspecionou mais de 60 possíveis localizações para reconstruir os bairros arrasados, mas ainda não se decidiu por nenhuma.
Apenas situar 6.900 dos imóveis arrasados custaria, segundo seus cálculos, 100 bilhões de ienes (US$ 1,12 bilhão), uma quantia muito acima do orçamento do município, pelo que ainda não se sabe qual será o futuro destes deslocados.
Das 470 mil pessoas que ficaram longe de suas casas após o desastre, apenas 135 mil retornaram, segundo dados do governo japonês. O restante está, em sua maioria, em casas permanentes ou espaços alugados com dinheiro disponibilizado pelos Governos locais.
Às 14h46 de domingo (2h46 de Brasília), momento exato em que ocorreu o terremoto de 9 graus há um ano, Ishinomaki e outros municípios da faixa nordeste do Japão respeitarão um minuto de silêncio para lembrar as mais de 19 mil vítimas - entre mortos e desaparecidos - da catástrofe.
Só nesta cidade foram programadas sete cerimônias diferentes, que incluem minutos de silêncio em homenagem às vítimas e discursos de porta-vozes das comunidades locais.
Em Tóquio, a tragédia será recordada com uma grande cerimônia que contará com a participação, entre outros, do imperador Akihito e do primeiro-ministro do país, Yoshihiko Noda.