Ao menos 73 pessoas morreram, neste domingo (8), na colisão entre dois ônibus e um caminhão-tanque, em uma importante estrada do sul do Afeganistão, segundo o porta-voz do ministério da Saúde Afegão, Ismail Kawoosi, que advertiu que o balanço pode aumentar.
A maioria das vítimas, entre elas crianças e mulheres, ficaram carbonizadas no incêndio desencadeado após o acidente, ocorrido no importante eixo Cabul-Kandahar.
Muitos feridos foram levados aos hospitais de Kandahar e da província de Ghazni, onde ocorreu a batida. Os veículos envolvidos ficaram completamente destruídos e nuvens de fumaça encobriam a região.
O acidente ocorreu na estrada que une as cidades de Cabul e Kandahar, eixo que atravessa várias zonas de insurgentes. Nestas regiões, sabe-se que muitos condutores circulam de forma temerária, dirigindo bem acima dos limites de velocidade.
"Nosso motorista cometeu um erro, dirigia muito rápido", declarou Esmatullah, um dos poucos passageiros que sobreviveu ao acidente, com ferimentos leves.
"A maioria dos motoristas de ônibus fuma haxixe, ópio e outras drogas na estrada. Estão totalmente fora de controle", admitiu.
As estradas do Afeganistão são conhecidas por sua periculosidade e os acidentes fatais são habituais.
Em maio, um micro-ônibus capotou na província de Badghis (noroeste) provocando a morte de 18 pessoas.
Em abril de 2013, 45 pessoas morreram na colisão de um ônibus com um caminhão-tanque no sul da província de Kandahar.
O Banco Mundial desbloqueou 250 milhões de dólares em novembro para melhorar as estradas que atravessam as montanhas do Hindu Kush, entre Afeganistão e o noroeste do Paquistão. Estas são importantes passagens de circulação para o comércio que costumam ficar fechadas no inverno por culpa da neve.