Lei da Física: opostos se atraem. Mesmo sem muita "química", isso se aplica perfeitamente a Nicholas e Jordan Applegate, ambos de 23 anos. Os dois se casaram mesmo após Nicholas admitir ser gay, em revelação feita meses após o início do namoro. Em agosto do ano passado, ele pediu Jordan em casamento. Três meses depois, já eram marido e mulher.
Os dois moradores do Arizona (EUA) são mórmons. Na designação religiosa, o sexo antes do casamento não é permitido e não há manifestações da sexualidade até que os seus fiéis se tornem adultos e se casem.
"Eu estava nervoso e não sabia como Jordan reagiria", disse o americano, de acordo com reportagem no "Metro". A companheira não demorou a aceitar a situação. Ela apenas queria alguém que estivesse comprometido com ela.
Nicholas se descobriu homossexual aos 12 anos, mas ele resolveu, pela igreja, reprimir a sexualidade.
"Assim que percebi que era gay, decidi que seguiria a lei da castidade e não teria um relacionamento com um homem", revelou ele, resolvendo se unir com uma mulher.
Os mórmons acreditam no "casamento celestial", uma promessa de que permanecerão fiéis durante a vida e continuarão como família após a morte. O "selamento" ocorre depois de comprovar uma vida de casado de "virtude" ao pastor da congregação.
Por falar em família, Nicholas e Jordan estão esperando um bebê, que deverá nascer em outubro. Eles se definem como um "casal feliz".
"Lembro-me de me sentir perdida e de tentar encontrar histórias de outras pessoas em situação semelhante, mas sabíamos que era certo nos casarmos, apesar de nossas orientações sexuais opostas", afirmou a americana. "Ele é o homem mais doce que já conheci, me ama incondicionalmente e é o melhor parceiro que eu poderia ter pedido", acrescentou ela.
"Estamos ambos muito felizes e eu não mudaria minha decisão", completou Nicholas, que trabalha numa empresa de software e mal vê a hora de aumentar ainda mais a família.