O famoso hacker Albert Gonzalez, preso por comandar uma operação multimilionária que roubou 130 milhões de números de cartões de crédito e de bancos, recebeu US$ 75 mil para trabalhar disfarçado para o Serviço Secreto dos Estados Unidos ao mesmo tempo em que cometia os crimes.
O esquema comandado por González é considerado a maior fraude da história. De acordo com o site da Wired, Stephen Watt, um dos melhores amigos de Gonzales, também envolvido na fraude, contou sobre a colaboração com o Serviço Secreto. Foi Watt o criador do programa que o hacker usou para invadir os sistemas de empresas como TJX, um rede de lojas de departamentos, e 7-Eleven, entre outras, e se apoderar dos dados dos clientes ao mesmo tempo em que trabalhava disfarçado para o governo.
Gonzalez, segundo o amigo, era pago em dinheiro pelo governo americano, como geralmente ocorre com informantes. O Serviço Secreto e o advogado do hacker, procurados pela Wired, não quiseram se manifestar sobre o caso.
Enquanto esteve na ativa o hacker teve uma vida milionária, sendo dono de uma casa em um condomínio na cidade de Miami comprada por US$ 1,65 milhão e carros de luxo. O valor que teria sido pago pelo serviço Secreto coincidentemente é o mesmo que Gonzalez gastou em uma festa de aniversário.
Gonzalez, 28 anos, aguarda sentenças pelas acusações envolvendo as fraudes. Espera-se que seja condenado a uma pena de prisão que varia de 17 a 25 anos.