
Uma grande mobilização nacional vai ocupar as escolas públicas brasileiras entre os dias 14 e 25 de abril com a campanha de vacinação do programa Saúde na Escola (PSE). A ação, liderada pelos ministérios da Saúde e da Educação, tem como objetivo imunizar 27,8 milhões de estudantes de até 15 anos em 109,8 mil escolas, o que representa cerca de 80% da rede pública de ensino no país.
Vacinação diretamente nas escolas
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, ressaltou a importância da campanha, destacando que a escola é uma oportunidade estratégica para alcançar esse público, que muitas vezes comparece com menos frequência às unidades de saúde. A meta é atingir 90% de cobertura vacinal, com doses contra febre amarela, tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola), DTP (tríplice bacteriana), meningocócica ACWY e HPV, conforme a faixa etária dos alunos.
Durante a ação, profissionais do SUS vacinarão os estudantes nas próprias escolas ou os encaminharão para as Unidades Básicas de Saúde (UBS), sempre com autorização dos responsáveis. Também será feita a verificação das cadernetas de vacinação, orientando as famílias sobre a necessidade de atualizar o esquema vacinal. Todas as doses aplicadas serão registradas como "Vacinação Escolar", permitindo o acompanhamento preciso dos resultados.
Investimento e alcance
O Ministério da Saúde destinou R$ 150 milhões à campanha, sendo R$ 15,9 milhões para os estados e R$ 134 milhões para os municípios. Das escolas participantes, 53,6 mil atendem majoritariamente estudantes do Bolsa Família, 2.220 estão localizadas em territórios quilombolas e 1.782 atendem comunidades indígenas.
Caderneta digital da saúde
Paralelamente à campanha, o governo lançou a versão digital da Caderneta de Saúde da Criança, integrada ao aplicativo Meu SUS Digital. A ferramenta permite o acompanhamento do histórico vacinal em tempo real, previsão de próximas doses, alertas personalizados e registros sobre crescimento, desenvolvimento, saúde bucal e histórico clínico. Também estão disponíveis conteúdos educativos sobre amamentação, alimentação saudável e prevenção de acidentes.
Para acessar a plataforma, é necessário que a criança e o responsável tenham contas ativas no Gov.br. A iniciativa reforça o compromisso do governo com a ampliação da cobertura vacinal e a modernização do acesso à saúde pública, especialmente após anos de queda nos índices de imunização no país.