Fotógrafo: A arte de transformar luz em imagem

O Jornal Meio Norte faz homenagem aos seus profissionais

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A fotografia é a arte de transformar luz em imagem. É a arte que pode ser usurpada pelo útil, e ainda manter a aura artística, como apontou Walter Benjamin, em sua teoria da reprodutibilidade técnica. Mas quem é o fotógrafo, que munido de um aparelho qualquer pinta as cores em telas imagéticas de analogias digitais? 

Para Flusser, filósofo da fotografia, que escreveu o clássico “Teoria da Caixa Preta”, “as novas situações se tornarão reais quando aparecerem na fotografia. Antes, não passam de virtualidades”. Mas de que seriam as novas situações sem o registro certeiro de um fotógrafo? “O fotógrafo-e-o-aparelho é que as realiza. Inversão do vetor da significação: não o significado, mas o significante é a realidade. Não o que se passa lá fora, nem o que está inscrito no aparelho; a fotografia é a realidade. Tal inversão do vetor da significação caracteriza o mundo pós-industrial, todo funcionamento”.

E é exatamente sobre o mundo industrial que a figura do fotógrafo ganha forças. Diante de um mundo tecnológico em que qualquer aparelho faz fotografias, imaginou-se que todos seriam fotógrafos. Mas é preciso separar o joio do trigo. Câmeras nunca serão olhares. O que está por trás do aparelho faz muito mais que o dispositivo.

Fotografar não é ajustar o iso, perceber a luz. Ajustar um obturador. Não é apenas um ângulo. Fotografar é escrever poesias através de imagens, seja em qual for o tipo. Jornalística. Publicitária. Imagética. O que está por trás do click, senão o criador do poema? Abaixo alguns de nossos fotógrafos, que comemoraram ontem, 8 de janeiro, o seu dia.

André Pessoa

“Escolhi a fotografia como a profissão porque, além da arte, de toda a composição e base cultural que precisa, a fotografia também é um instrumento fundamental como denúncia e conservação de ecossistemas. Através da fotografia eu tento levar para o povo o que eles não conhecem. Através da fotografia eu tento conservar, conscientizar e desvendar locais desconhecidos e patrimônios que precisam ser conservados. Ou simplesmente tratar como arte o cotidiano, o que simplesmente vemos no dia a dia”.

José Alves Filho

“Quando eu comecei a fotografar, foi ainda pequeno, ou melhor, ainda sou pequeno em relação ao conhecimento em relação à fotografia. Em 1979, fiquei fascinado com os trabalhos de fotografia do meu pai. Aí meu interesse pela arte de fotografar foi aumentando, à medida que eu aprendia e desenvolvia a técnica. A cada dia, eu descobria uma novidade e me descobria. Era exatamente isso que eu queria para mim, ser um fotógrafo. Na década de 82, comecei a trabalhar em jornal, logo depois fui ser funcionário público, deixei de    ser funcionário, passando a trabalhar em empresa privada. É, como nada acontece por acaso, fui convidado 1995, por um editor, para trabalhar no Jornal Meio Norte. Percebi que estava ali a minha grande oportunidade para começar a fotografar de verdade, ao lado de grandes profissionais competentes. Durante muito tempo, vivi esta experiência fantástica, e aproveitando cada minuto de todos os trabalhos. Com o tempo, a fotografia tomou conta da minha vida, novos trabalhos surgiram, e o que era uma paixão transformou-se na minha profissão. Eu já podia caminhar sozinho, aqui estão algumas imagens que eu captei e que foram premiadas em concursos local e nacional, são rápidos flashes, que revelam o resultado desse aprendizado diário, maravilhosos e absolutamente único, registros em preto e branco ou colorido, que têm o poder de transmitir a emoção através do olhar, num piscar de olhos, e que duram para sempre.

Léo Vilari.

Eu comecei porque, desde criança, eu andava com uma câmera na mão. Em todo o aniversário, eu fazia as fotos. Quando entrei na faculdade, que eu paguei a disciplina de Fotografia, a professora e o técnico não gostavam de mim. Mas isso, de certa forma, fez com que eu me interessasse pela área e passasse a trabalhar com fotografia.

Raíssa Morais.

“Uma fotografia é um instante de vida capturado para a eternidade’. Essa frase resume bastante o que a fotografia significa. É capturar alegria, tristeza, é olhar para a vida de uma perspectiva diferente. Eu sempre gostei de capturar esses instantes, trabalhar com isso diariamente é gratificante.

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