O vice-presidente financeiro da General Motors nos Estados Unidos, Chris Liddell, anunciou nesta quinta-feira (10) sua saída da empresa. Liddell, que trabalhava na Microsoft antes de se juntar à GM no ano passado, deixará a montadora norte-americana em 1º de abril. Após o comunicado, as ações da GM chegaram a recuar 4%, atingindo seu patamar mais baixo desde a oferta inicial de ações da companhia (IPO, na sigla em inglês).
Liddell, de 52 anos, acompanhou o IPO recorde da GM de US$ 23 bilhões em novembro passado, depois que a empresa emergiu da concordata com apoio do governo dos EUA. Ele será substituído por Dan Ammann, que já trabalhou no Morgan Stanley e atualmente é vice-presidente de Tesouraria da GM.
"Não foi uma decisão premeditada", disse Liddell em teleconferência com repórteres sobre seu pedido de demissão. "Não há um contexto maior. Eu fiz grande parte do trabalho que queria fazer como vice-presidente financeiro e é hora de seguir adiante", acrescentou.
Liddell havia deixado a Microsoft em novembro de 2009, quando era vice-presidente financeiro. Quando começou a trabalhar na GM, ele era cotado para substituir o então presidente-executivo Ed Whitacre. O posto, no entanto, acabou sendo ocupado por Dan Akerson.
Ammann, de 38 anos, entrou na GM em março do ano passado. Antes da GM, foi diretor-geral e um dos chefes de banco de investimento do Morgan Stanley, tendo sido um dos principais consultores durante a reestruturação da montadora. Também nativo da Nova Zelândia, ele e Liddell se conhecem há cerca de 20 anos.
No mês passado, a GM reportou seu primeiro lucro anual desde 2004 e o maior desde 1999, mas suas ações caíram abaixo do preço do IPO, com investidores preocupados com o aumento dos preços do petróleo e maiores custos com o lançamento de novos carros.