O empresário sul-africano Stephen Birch garante que encontrou o corpo de Madeleine McCann, a menina britânica de 4 anos que desapareceu em maio de 2007 durante uma viagem a Portugal com a família. Segundo o empresário, a menina estaria enterrada a meio metro de profundidade no jardim do britânico Robert Murat, cuja casa fica ao lado do Ocean Club, luxuoso clube resort na Praia da Luz, na região de Algarve, onde os McCann passavam férias. A notícia foi dada nesta quinta-feira pelo jornal português ?Correio da Manhã?.
?Estou convencido de que Maddie está enterrada em uma área que foi acimentada após o desaparecimento da menina, no canto nordeste da casa, seguindo uma aléia de árvores?, disse Birch ao jornal.
O empresário diz diz ter feito uma exaustiva análise das alterações sofridas pelo solo da região da Praia da Luz, desde a data do desaparecimento de Madeleine. Birch teria recorrido a imagens do Google Earth. Ele também afirma ter invadido a casa de Murat em quatro ocasiões, durante a madrugada, munido de uma "máquina geo-radar".
As imagens que o sul-africano diz ter obtido com a máquina foram enviadas à polícia portuguesa, que pode reabrir o inquérito, segundo o ?Correio da Manhã?. Os dados, que estão sendo analisados no momento, também foram enviados à Scotland Yard. A polícia britânica, que também investiga o caso junto com os portugueses, pediu mais imagens e dados.
Dias depois do desaparecimento de Madeleine, uma jornalista inglesa levantou suspeitas sobre a postura de Murat, que foi incluído entre na lista de suspeitos. A polícia portuguesa realizou perfurações no terreno da casa do britânico, em 14 de maio de 2007, sem obter resultados.
?Isso é uma loucura, uma estupidez?, respondeu Murat ao jornal português, referindo-se às acusações do empresário sul-africano.
Stephen Birch - empresário do ramo imobiliário fascinado pelo caso - já gastou 50 mil euros (R$ 125.615) em suas investigações, e espera ganhar dinheiro se conseguir solucionar o crime. A máquina geo-radar, utilizada em suas buscas, foi alugada em Londres por 435 euros (mais de R$ 1 mil) por dia. Com ela, é possível detectar objetos a vários metros de profundidade, além de alterações no solo, ainda que não com precisão.