Em busca de formas de economizar, imigrantes brasileiros nos Estados Unidos têm adotado alternativas extremas para lidar com os custos de alimentação e moradia. Renata Myrelli, moradora de Massachusetts, tem compartilhado vídeos em que pratica "dumpster diving", a prática de vasculhar lixeiras de supermercados para resgatar alimentos descartados. Nos vídeos, ela mostra itens como queijos, carnes e frutas que, embora vencidos, considera "reaproveitáveis". Em um de seus vídeos, ela compartilhou alimentos resgatados no valor de mais de US$ 300, comentando que "muita coisa boa é descartada sem necessidade". As informações são do UOL.
morando no carro
Enquanto isso, na Califórnia, Fernando Lopes vive há quase dois anos em seu carro para economizar e poder permanecer no país. Trabalhador de delivery, ele utiliza essa estratégia como uma maneira de reduzir gastos, especialmente com aluguel.
"O aluguel de um quarto aqui custa em média US$ 800, e morar no carro ajuda a economizar e focar no trabalho", explica em seu canal no YouTube.
trabalho dobrado
Fernando detalha a sua rotina de trabalho, que pode chegar a 12 horas diárias. Em uma semana, ele já trabalhou até 108 horas e revela as dificuldades enfrentadas, principalmente para quem vive sem documentação permanente. "Aqui, você precisa dobrar as horas de trabalho para começar a juntar uma grana", afirmou em um vídeo postado em janeiro.
Renata também enfrenta críticas nos comentários dos seus vídeos, mas encontra apoio entre outros imigrantes brasileiros.
"Muita gente já faz isso no Brasil, mas aqui os produtos descartados são de qualidade e totalmente reaproveitáveis", defendeu em uma gravação. Apesar das críticas, ela continua compartilhando sua rotina e incentivando outros a considerarem o "dumpster diving" como uma alternativa viável para economizar.
alerta para dificuldades
Fernando, por sua vez, também usa suas redes sociais para alertar sobre as dificuldades da vida nos EUA. Em um de seus vídeos, ele compartilhou sua experiência inicial no país, repleta de frustrações.
"Achei que era um sonho americano, mas era uma cilada. Perdi tudo, fiquei sem dinheiro, com depressão e crise de pânico", revelou, ressaltando a importância de um bom planejamento antes de decidir migrar.