Rafael de Paiva em princ?pio estava descrente. Se quisesse receber um certificado de "com?rcio justo" para sua safra de caf?, o agricultor brasileiro teria que cumprir uma extensa lista de normas sobre uso de pesticidas, t?cnicas de cultivo, reciclagem, entre outras. Precisaria inclusive comprovar que os filhos estavam matriculados na escola.
No entanto, o pr?mio de 20% que ele recebeu recentemente por sua primeira safra certificada como com?rcio justo fez com que o esfor?o valesse a pena.
A probabilidade ? que mais agricultores recebam esse tipo de proposta, ? medida que importadores e varejistas se apressam para atender uma crescente demanda de consumidores e ativistas para a ades?o a padr?es ambientais e sociais mais r?gidos.
Neste m?s, os gr?os cultivados por Paiva estar?o na marca comercial de caf? vendida pela Sam"s Club, a rede de atacado da Wal-Mart. Outras redes, como Dunkin" Donuts, McDonald"s e Starbucks, j? vendem alguns caf?s do selo com?rcio justo.
"Temos agora um impulso nessa dire??o, com grandes empresas e institui?es aderindo ao com?rcio justo", contou Paul Rice, presidente e diretor executivo da TransFair USA, a ?nica certificadora independente de com?rcio justo nos Estados Unidos.