Com a inflação beirando os 7%, o salário mínimo do brasileiro deve ter o maior reajuste em seis anos, podendo chegar a R$1.177, mas sem nenhum ganho real em razão do aumento sistemático dos preços. Em 2016 a correção foi de 11,6%.
O Governo Federal deve enviar ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) até o dia 31 de agosto, colocando a estimativa de reajuste para o salário mínimo. A primeira projetava um salto de R$1.100 para R$1.147, com um reajuste de 6,2%. No entanto, a alta da gasolina e do preço dos alimentos deve ampliar a faixa de reajuste.
No Governo Bolsonaro, o salário mínimo foi reajustado abaixo da inflação por uma diferença de R$2 no vencimento dos brasileiros em 2020. Havia uma expectativa de reajustes, como havia ocorrido em 2019, mas que não aconteceu.
Desde 2020, o salário mínimo é reajustado apenas pela inflação, para não perder poder de compra, como determina a Constituição Federal. Entre 2007 a 2019, a lei garantia que o piso nacional tivesse aumento real, acima da inflação, sempre que houvesse crescimento econômico, dentro da política de valorização do salário mínimo das gestões da era PT.
A expectativa é que o acréscimo salarial do próximo ano seja apenas para recuperar as perdas ocasionadas pela forte inflação, que segue a tendência provocada pela pandemia do novo coronavírus. O Ministério da Economia não comentou o caso.