Retaliação da China aos EUA pode fazer agro brasileiro vender mais

Especialistas apontam que retaliações da China aos EUA podem abrir espaço para o Brasil ampliar exportações de soja, milho e carne suína.

Guerra comercial entre China e EUA pode beneficiar o agronegócio brasileiro | RPC via g1 Guerra comercial entre China e EUA pode beneficiar o agronegócio brasileiro | Foto: RPC via g1
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A intensificação da guerra comercial entre China e Estados Unidos pode representar uma oportunidade de ouro para o agronegócio brasileiro. Com a recente decisão do presidente Donald Trump de impor tarifas de 34% sobre produtos chineses, a China anunciou retaliações que incluem a mesma taxa sobre importações de produtos americanos.

BRASIL PODE GANHAR ESPAÇO NO MERCADO CHINêS

Segundo analistas ouvidos pelo g1, essa nova rodada de tarifas entre China e EUA pode beneficiar diretamente o Brasil, especialmente em setores onde os dois países são concorrentes no comércio internacional com a China:

  • Soja brasileira
  • Milho brasileiro
  • Carne suína e bovina

Essa situação lembra o cenário de 2018 e 2019, quando os Estados Unidos perderam mercado de soja para o Brasil durante o primeiro mandato de Trump, também em meio a tensões comerciais com Pequim.

EXPORTAÇÕES DE CARNE SUÍNA DEVEM RESCER

De acordo com Fernando Henrique Iglesias, analista da Safras & Mercado, o setor que mais deve se beneficiar no curto prazo é o de carne suína.

“Vamos ter que revisar para cima nossa projeção de exportação para a China”, afirma Iglesias em reportagem do g1, destacando o potencial de crescimento da demanda chinesa por carne de porco brasileira.

CARNE BOVINA AINDA ENFRENTA INCERTEZAS

Embora exista expectativa de crescimento nas exportações de carne bovina, o cenário ainda é incerto devido a uma investigação aberta pela China em dezembro de 2024. O objetivo é avaliar os impactos das importações sobre a produção local de carne bovina.

"Mas eles podem acabar impondo tarifas maiores para a carne bovina, mais para o final do ano, se chegarem ao entendimento de que essa carne importada de fato prejudica a produção local”, diz Iglesias.

SEGURANÇA ALIMENTAR PODE PESAR NA DECISÃO CHINESA

Apesar da investigação, especialistas acreditam que a China não deve interromper as importações, especialmente diante da necessidade de manter o abastecimento interno.

“Nos últimos anos, a classe média alta chinesa começou a se interessar pela carne bovina e a importação de carnes, principalmente do Brasil, cresceu. Duvido que eles fechem o mercado, porque vão precisar dessa carne”, explica Marcos Jank, professor de agronegócio do Insper.

Com informações do g1

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