
O mercado de trabalho deve criar 170 milhões de novas vagas até 2030, segundo o Fórum Econômico Mundial. Entre as profissões com maior crescimento estão aquelas ligadas à tecnologia, serviços essenciais e atividades manuais que não podem ser extraídas por inteligência artificial.
“As carreiras ligadas à tecnologia e atividades manuais terão maior demanda”, aponta o relatório. No Brasil, a expectativa é de alta para especialistas em transformação digital, logística e inteligência artificial.
As profissões que mais deverão crescer até 2030 incluem:
- Trabalhadores rurais, braçais e agrícolas
- Motoristas de caminhonete e serviços de entrega
- Desenvolvedores de software e aplicativos
- Carpinteiros, azulejistas e profissionais similares
- Vendedores de loja
- Trabalhadores de processamento de alimentos
- Motoristas de carro, van e motocicleta
- Profissionais de enfermagem
- Trabalhadores do setor de alimentação e bebidas
- Gerentes gerais e de operações
- Profissionais de assistência social e acolhimento
- Gestores de projetos
- Professores universitários e do ensino superior
- Professores do ensino médio
- Profissionais ligados a cuidados pessoais
O setor de transportes apresenta um paradoxo: motoristas de caminhonetes e serviços de entrega têm alta demanda, mas também crescerão a procura por especialistas em veículos autônomos e elétricos.
“A necessidade de motoristas reflete demandas imediatas do mercado, enquanto a automação ainda está em fase de investimentos”, explica Lucas Oggiam, da Michael Page. Já as áreas de saúde e educação, impulsionadas pelo envelhecimento populacional e pela digitalização, seguirão em alta.
Profissões em declínio
Enquanto algumas profissões crescem, cerca de 92 milhões de empregos devem desaparecer. As funções administrativas e operacionais, como caixas, assistentes administrativos, estoquistas e contadores, estão entre as mais afetadas. “O impacto da automação é evidente, principalmente em atividades repetitivas e digitalizáveis”, afirma Fernando Mantovani, da Robert Half. No Brasil, as maiores quedas ocorrerão em cargos de secretariado e funções industriais.
As profissões que mais devem diminuir até 2030 incluem:
- Caixas e bilheteiros
- Assistentes administrativos e secretários executivos
- Zeladores, faxineiros e governantas
- Assistentes de controle de materiais e estoquistas
- Trabalhadores de impressão e profissões relacionadas
- Assistentes de contabilidade e folha de pagamento
- Contadores e auditores
- Atendentes de transporte e condutores
- Guardas de segurança
- Caixas e auxiliares bancários
- Auxiliares de entrada de dados
- Trabalhadores de atendimento ao cliente
- Designers gráficos
- Gerentes de serviços empresariais e administração
- Reguladores e investigadores de sinistros
Apesar do avanço da inteligência artificial, especialistas afirmam que certas habilidades continuarão sendo valorizadas. “O serviço de carpintaria, por exemplo, não é algo que uma máquina consegue fazer a um custo viável neste momento”, diz Mantovani.
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