Juros dos Estado Unidos têm maior alta em 22 anos, anuncia Fed

A pandemia por Covid-19 na China e a Guerra na Ucrânia devem continuar mantendo pressão na economia dos EUA.

Juros dos Estado Unidos têm maior alta em 22 anos, anuncia Fed | Divulgação
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SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS)

O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, decidiu nesta quarta-feira (4) elevar a taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual, para 0,65 a 1% ao ano. Este é o maior aumento em 22 anos, em meio à inflação recorde no país.

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Em março, a inflação chegou ao nível mais alto em 40 anos, de 8,5%, impulsionada pela guerra na Ucrânia.

A inflação chegou ao nível mais alto em 40 anos, de 8,5%, impulsionada pela guerra na Ucrânia (Foto: Divulgação)O Comitê Federal de Mercado aberto anunciou a mudança ao final de dois dias de reunião de política monetária em Washington. A decisão deve impactar os mercados internacionalmente, já que um rendimento maior das ações dos EUA, considerados como a economia mais segura do mundo, diminui a atratividade dos papéis de países emergentes, como o Brasil. Além disso, empréstimos em dólares podem ficar mais caro para economias em desenvolvimento.

A sinalização do Fed é que mais aumentos de magnitude semelhante podem estar por vir. Essa foi a segunda alta consecutiva das taxas de juros desde março deste ano. Antes, a autarquia não subia o índice desde 2018.

Em comunicado, o Comitê Federal de Mercado Aberto do Fed disse estar "altamente atento aos riscos da inflação". "A inflação continua alta conforme a guerra na Ucrânia e novos lockdowns contra o coronavírus na China ameaçam manter a pressão elevada", disseram.

O comunicado disse que o balanço do Fed, que saltou para cerca de US$ 9 trilhões de dólares conforme o banco central tentava proteger a economia da pandemia de Covid-19, poderá cair em US$ 47,5 bilhões de dólares por mês até agosto. A redução da carteira de títulos também é uma tentativa de conter o aumento nos preços.

As autoridades do Fed não divulgaram novas projeções econômicas após a reunião desta semana, mas os dados desde o último encontro, em março, deram poucos sinais de que a inflação, o crescimento salarial ou um ritmo rápido de contratações começaram a desacelerar.

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