Nesta quinta-feira (25), a Gol, companhia aérea brasileira, anunciou a entrada com um pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos, utilizando o processo conhecido como Chapter 11. Esse procedimento, comum para empresas de capital aberto, visa angariar capital, reestruturar finanças e consolidar operações a longo prazo. A empresa inicia o processo com um compromisso de financiamento de US$ 950 milhões, buscando acesso a esse montante durante a audiência do Primeiro Dia com o Tribunal dos EUA.
O objetivo declarado é reestruturar as obrigações financeiras de curto prazo e fortalecer a estrutura de capital, esperando emergir do processo com um investimento significativo. A dívida acumulada pela Gol é de R$ 20 bilhões, principalmente vinculada a contratos de aluguel de aeronaves.
"A GOL inicia o processo legal nos Estados Unidos com um compromisso de financiamento de US$ 950 milhões, na modalidade debtor in possession (“DIP”) por membros do Grupo Ad Hoc de Bondholders da Abra e outros Bondholders da Abra. A Companhia buscará acesso a esse financiamento como parte da audiência do Primeiro Dia com o Tribunal dos EUA, prevista para os próximos dias. O financiamento está sujeito à aprovação judicial e, juntamente com o caixa gerado pelas operações em curso, fornecerá liquidez substancial para apoiar as operações, que seguem normalmente, durante o processo de reestruturação financeira. Com o suporte do processo supervisionado pelo Tribunal e com a liquidez adicional do financiamento DIP, os voos de passageiros da GOL, os voos de carga da GOLLOG, o programa de fidelidade Smiles e outras operações da Companhia continuam normalmente", diz trecho de comunicado nesta quinta-feira (25).
Apesar do pedido de recuperação judicial, a empresa assegura que não haverá alterações nos voos, comprometendo-se a operar normalmente. A Gol também garante o pagamento dos salários e benefícios dos funcionários ao longo do processo, assim como a continuidade sem mudanças no programa de milhagem aérea, voos em parceria com outras empresas e acordos de codeshare e interline.
Com informações da Época Negócios.