A oferta de ações realizada pela Petrobras resultou, sem considerar o lote suplementar, na captação de R$ 115 bilhões, informou nesta quinta-feira (30) a estatal por meio de um comunicado ao mercado. O preço na megaoferta de ações da Petrobras, a maior operação do tipo já realizada no mundo, foi definido em R$ 26,30 por PN e R$ 29,65 por ON.
Considerando as ações vendidas no país, a operação somou R$ 101,7 bilhões, sendo que desse total, R$ 84,9 bilhões corresponderam à oferta prioritária, destinada aos acionistas já existentes. No mercado internacional, foram negociados R$ 13,3 bilhões - os estrangeiros ficaram com 11,74% das ações ordinárias (ON, com direito a voto) e 11,23% das preferenciais (PN).
Os dados não incluem o lote suplementar, de até 5% das ações originalmente colocadas na oferta, ou seja, 187.997.094 ON e/ou PN, que os coordenadores podem exercer ou não num prazo de 30 dias. Com o lote suplementar a oferta seria acrescida de R$ 5,308 bilhões, totalizando R$ 120,360 bilhões, conforme registrado na CVM no último dia 23.
Segundo a estatal, do total captado até agora, o equivalente a R$ 67,8 bilhões foi recebido na forma de Letras Financeiras do Tesouro (LFTs). A liquidação da oferta ocorreu na quarta-feira. A Petrobras informou que realizou uma transferência para o governo federal correspondente às LFTs e de um valor adicional de R$ 6,9 bilhões para totalizar o montante relacionado ao pagamento da cessão onerosa (R$ 74,8 bilhões).
No total, as LFTs disponibilizadas pelos acionistas da Petrobras corresponderam a R$ 67,8 bilhões e serão utilizadas para integralização de 1.546.118.849 ações ordinárias e 835.495.053 ações preferenciais.
Participação
Após a oferta, ainda sem considerar o exercício de um lote suplementar, a União fica com 31,6% do capital social da Petrobras, o BNDESPar com 11,8%, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) com 1,7% e o Fundo Soberano com 3,9%, o que totaliza uma participação de 49%, conforme antecipou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, na sexta-feira. Considerando o capital votante (ações ON, com direito a voto), a fatia do governo chega a 64,25%.
Os estrangeiros ficaram com 11,74% das ações ordinárias da oferta e com 11,23% das preferenciais.
Também foi homologado na reunião do Conselho de Administração o aumento do capital social da estatal, aprovado em 23 de setembro, passando a valer R$ 200 bilhões, montante representado por 7.367.255.304 ações ordinárias e por 5.489.244.532 ações preferenciais.