Eike Batista é destaque como “o homem que perdeu US$ 25 bi”

A Businessweek lembra que há um ano, Batista era o homem mais rico do Brasil.

Eike Batista. | Reprodução
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Após a Forbes registrar a queda do patrimônio do bilionário brasileiro Eike Batista, agora é a vez da Bloomberg Businessweek dar atenção ao caso do empresário brasileiro que, segundo a revista, perdeu US$ 25 bilhões em um ano.

A Businessweek lembra que há um ano, Batista era o homem mais rico do Brasil e tinha o objetivo de ser o primeiro do mundo também. A publicação lembra que após fundar cinco empresas que atuam com recursos naturais em seis anos, ele vendeu uma participação do grupo EBX (que conglomera as companhias) por US$ 34,5 bilhões. Depois, investimentos de Abu Dhabi coroariam a visão de Batista: um império integrado de empresas, o transporte de petróleo e de minério de ferro para a China a partir de um porto que estava construindo perto Rio de Janeiro. "Eu acho que Eike é um tipo especial de empresário", disse a presidente do Brasil, Dilma Rousseff, durante uma visita ao projeto do porto. "Ele é uma pessoa com sonhos extremamente ambiciosos e procura cumpri-los."

Mas Businessweek lembra que hoje o império do brasileiro está cercado. "Seu porto, que segundo ele seria o terceiro maior do mundo, ainda está em construção, apenas um dos muitos projetos atrasados e metas de produção perdidas", diz a revista. "Isso, juntamente com um declínio de 34% no preço do petróleo desde 2008, tem golpeado os preços de suas empresas e ele perdeu US$ 25 bilhões de seu patrimônio líquido, mais do que toda a fortuna do fundador da Amazon.com, Jeff Bezos." A publicação cita ainda um analista de mercados, Ed Kuczma, que diz que as pessoas acabaram investindo em "uma apresentação do PowerPoint".

Atualmente, com a fortuna estimada em US$ 9 bilhões, Eike caiu para o quarto mais rico do Brasil pelo ranking da Bloomberg. Os investidores, preocupados com a capacidade das companhias, vendem as ações esperando comprá-las de volta a preços mais baixos. A revista lembra que em 22 de março, a empresa de construção naval, OSX Brasil, caiu 17%, para recorde de R$ 4,88 por ação e que OGX caiu 9,2%.

Em sua conta no Twitter, diz a Businessweek, Batista escreveu que os investidores que apostam contra ele com base em "fofocas e boatos". Ainda assim, a publicação diz que ouviu uma fonte próxima a EBX, que pediu para não ser identificada, que diz que as empresas de Batista não estão enfrentando problemas de financiamento de curto prazo e têm entre US$ 6 bilhões e US$ 7 bilhões. Batista se recusou a comentar as informações para a publicação.

A revista afirma ainda que a perda da fé dos investidores em Batista está relacionada com o escurecimento da "euforia geral" sobre as perspectivas do Brasil. Depois de crescer a um ritmo como a China em 2010, a publicação lembra do crescimento pequeno do Produto Interno Bruto (PIB, a soma de todas as riquezas produzidas no País) em 2012: de 0,9%.

A matéria lembra ainda que o bilionário muitas vezes não conseguiu fazer jus à previsão de que a OGX iria bombear 50 mil barris por dia até o final de 2012, subindo para 730 mil por dia até 2015. Os poços eram muito menos abundantes do que se esperava e a empresa agora produz menos de 17 mil barris por dia.

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