O dólar fechou em queda pelo quarto dia seguido nesta sexta-feira (6), acompanhando o mercado global num dia de divulgação de importante relatório sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos.
A moeda norte-americana caiu 0,17%, a R$ 1,719. Nas quatro sessões de negócios de novembro, a queda acumulada é de 2,11%. Na metade do dia, o dólar chegou a exibir leve alta, refletindo o aumento da aversão ao risco após o aumento do desemprego nos Estados Unidos para o maior nível em 26 anos e meio, a 10,2% em outubro.
A reação inicial perdeu fôlego, no entanto, quando investidores passaram a levar em conta a revisão positiva nos números referentes a setembro e agosto. No final da tarde, o dólar se mantinha praticamente estável ante uma cesta com as principais moedas. Enquanto isso, divisas mais favorecidas por aumento do apetite por risco, como o dólar australiano, exibiam alta.
A sequência de quedas do dólar nos últimos dias anulou o movimento ocorrido na semana anterior, quando o aumento da volatilidade internacional e alguma reação à cobrança de IOF sobre investimentos estrangeiros para ações e renda fixa haviam devolvido a taxa de câmbio para o patamar de R$ 1,75.
Com o dólar se aproximando novamente do nível psicológico de 1,70 real, aumenta a cautela de investidores com possíveis medidas adicionais do governo para tentar frear a entrada de capital no país. "O mercado já absorveu os 2% (de Imposto sobre Operações Financeiras)", disse Reginaldo Galhardo, gerente de câmbio da corretora Treviso.