O dólar voltou a fechar em queda nesta segunda-feira (27), completando cinco dias seguidos de desvalorização frente ao real e voltando a se aproximar do patamar de R$ 2,90.
A moeda norte americana terminou o dia vendida a R$ 2,9217, em baixa de 1,12%. No mês, o dólar acumula queda de 8,43% frente ao real.
A recente tendência de queda da moeda norte-americana ante o real refletiu um cenário político local mais tranquilo e dados econômicos norte-americanos mostrando uma recuperação mais lenta que o esperado, o que pode levar o Federal Reserve a adiar o início do aumento da taxa de juros dos Estados Unidos.
"Ainda tem um eco em relação à questão política local que está mais tranquila. Além disso, o dólar ficou ao redor de R$ 3,10 por um tempo até conseguir romper os R$ 3 a duras penas. Agora está se sustentando abaixo (dos 3 reais) e pode buscar os R$ 2,90", disse à Reuters o gerente de câmbio da Treviso Corretora, Reginaldo Galhardo.
Na quarta-feira, os Estados Unidos divulgam os dados do Produto Interno Bruto (PIB) do primeiro trimestre pela manhã e, à tarde, acontece o anúncio da decisão de política monetária pelo Federal Reserve, o banco central dos EUA.
"A visão de que a economia dos EUA retornou a um caminho de crescimento forte o suficiente para permitir ao Federal Reserve iniciar a normalização da política monetária tem sido desafiada por uma série de dados decepcionantes. Isto vai culminar com a primeira estimativa do PIB do primeiro trimestre, em 29 de abril", disse a Brown Brothers Harriman, em relatório a clientes.
Nesta manhã, o BC brasileiro vendeu a oferta integral de até 10,6 mil swaps para rolagem dos contratos que vencem em 4 de maio, equivalentes a US$ 10,115 bilhões. Até o momento, a autoridade monetária já rolou cerca de 86% do lote total.