O dólar comercial fechou em queda de 1,36% nesta sexta-feira (10), a R$ 2,365 na venda. É a maior queda percentual diária desde de 6 de dezembro, quando a moeda recuou 1,37%.
Com isso, o dólar inverteu a tendência e acumulou desvalorização de 0,37% na semana. No acumulado do mês e do ano, a moeda norte-americana tem alta de 0,32%.
O volume de negociação nesta sexta-feira ficou em cerca de US$ 1,2 bilhão.
A queda do dólar foi influenciada por dados fracos sobre o mercado de trabalho dos Estados Unidos. No contexto nacional, as intervenções do Banco Central brasileiro e os dados sobre inflação também tiveram influência no resultado.
Dados de emprego dos EUA ficam abaixo do esperado
Os empregadores dos Estados Unidos contrataram a menor quantidade de trabalhadores em quase três anos em dezembro. Foram criadas apenas 74 mil novas vagas fora do setor agrícola no mês passado, o menor aumento desde janeiro de 2011.
Os dados sugerem que a recuperação da economia dos EUA não é tão forte quanto se esperava, de acordo com analistas entrevistados pela agência de notícias Reuters. Com isso, os investidores entenderam que o Federal Reserve (Fed, banco central norte-americano) pode levar mais tempo para cortar seus estímulos econômicos.
Em dezembro, o BC dos EUA anunciou corte de US$ 10 bilhões no seu programa de estímulos, para US$ 75 bilhões mensais.
Atuação diárias do BC no mercado de dólar
No contexto nacional, o Banco Central manteve seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio nesta sexta.
Foram vendidos 4.000 contratos, em um leilão equivalentes à venda de dólares no futuro. Os contratos têm vencimento em 2 de maio, e a operação movimentou o equivalente a US$ 199,2 milhões.
De segunda a quinta, são realizados leilões equivalentes à venda de dólares no mercado futuro; às sextas, são feitos leilões de venda de dólares com compromisso de recompra.