Chefe do Banco Mundial alerta para fase “perigosa” da economia

“Estamos nos primeiros estágios de uma nova e diferente tempestade”, disse Robert Zoellick.

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O presidente do Banco Mundial, Robert Zoellick, alertou neste sábado, 13, para um momento "novo e mais perigoso" para a economia global, no qual os países desenvolvidos possuem espaço menor de manobra diante da crise de dívida que atinge a Europa.

Zoellick disse que as questões envolvendo a crise soberana da zona do euro são mais preocupantes do que os problemas de "médio e longo prazo" que levaram a agência de classificação de risco Standard & Poor"s a rebaixar a nota de crédito dos EUA na semana passada.

"Estamos nos primeiros estágios de uma nova e diferente tempestade, não é o mesmo de 2008", disse o representante do Banco Mundial.

"Nas últimas semanas o mundo moveu-se de uma problemática recuperação de diferentes velocidades, com os mercados emergentes e poucas economias como a Austrália apresentando bom crescimento e os mercados desenvolvidos se debatendo - para uma nova e mais perigosa fase", disse em entrevista ao jornal Weekend Australian.

Zoellick observou que o nível de endividamento das pessoas é menor atualmente do que na crise do crédito de 2007/2008 e que agora também não há o fator surpresa, mas destacou que o espaço de manobra é muito menor agora. "A maior parte dos países desenvolvidos já utilizou o espaço fiscal disponível e a política monetária está o mais flexível possível", ressaltou.

Segundo Zoellick, a estrutura da zona do euro "pode passar a ser o mais importante" desafio do mundo. Para Zoellick, as atitudes tomadas pela União Europeia até o momento estão aquém do necessário. "A lição de 2008 foi a de que quanto mais se demora para agir, mais é preciso fazer", afirmou Zoellick, questionando ainda quando os países financeiramente problemáticos da Europa serão capazes de "pelo menos se anteciparem aos problemas que já os atingiram".

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