Brasil lidera ranking de impostos sobre trabalhadores, segundo estudo

Aqui, os empregadores pagam, em média, 57,6% do salário anual de um trabalhador em impostos e contribuições sociais

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O Brasil é o país do mundo com os maiores "custos extras" para cada trabalhador com carteira assinada, segundo uma pesquisa elaborada pela rede internacional de contabilidade e consultoria UHY em 25 países.

Aqui, os empregadores pagam, em média, 57,6% do salário anual de um trabalhador em impostos e contribuições sociais. Por exemplo, para um funcionário com salário anual de US$ 30 mil (cerca de R$ 60 mil), o custo extra chega a US$ 17.267 (R$ 34,5 mil), mostra a pesquisa.

Enquanto isso, os empregadores ao redor do mundo pagam, em média, 22,5% em custos extras para um empregado com salário bruto anual de US$ 30 mil (cerca de R$ 60 mil). No caso de um salário anual de R$ 300 mil (R$ 600 mil), o custo extra cai para, em média, 13,7% do salário.

"O Brasil tem sempre apresentado altos custos sobre os funcionários em todas as faixas salariais, e os empregadores têm de pagar mais de 50% do salário de um trabalhador em custos extras", disse o presidente da UHY, Ladislav Hornan.

A pesquisa considerou dados de 25 países, incluindo todos os membros do G7 (EUA, Reino Unido, França, Alemanha, Itália, Canadá e Japão) e as economias emergentes (Brasil, Rússia, Índia e China).

Custo extra no Brasil chega a ser 40 vezes maior que na Dinamarca

Para um salário anual de US$ 300 mil, os "custos extras" no Brasil são 40 vezes maior que na Dinamarca, o país onde é mais barato contratar.

Segundo o estudo, para um funcionário com salário anual de US$ 300 mil, o empregador paga um custo extra de US$ 172.667 em impostos e contribuições, ou seja, 57,6% do salário bruto. Na Dinamarca, esse custo extra cairia para US$ 4.332, ou 1,4% do salário.

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