Bilionário mexicano Carlos Slim investe US$ 250 milhões no New York Times

Receberá em troca do investimento incluem títulos que podem ser convertidos em 15,9 milhões

Investimento na New York Times | Divulgaçao
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A New York Times Co., empresa que edita o jornal The New York Times, chegou na noite desta segunda-feira (19) a um acordo com o bilionário mexicano Carlos Slim para levantar cerca de US$ 250 milhões, na mais recente de uma série de medidas para defender as finanças da companhia. O empresário, que já detém 6% das ações da companhia, irá receber uma taxa anual de 14% pelo seu investimento.

Os notes que Slim receberá em troca do investimento incluem títulos que podem ser convertidos em 15,9 milhões de ações ordinárias ao preço de exercício de US$ 6,36, com um leve desconto em relação ao preço de fechamento das ações na sexta-feira. Os notes, que pagam um juro nominal de 14,1%, vencem em janeiro de 2015.

Não está claro se Slim estaria interessado em comprar o pleno controle da empresa. A família Ochs-Sulzberger, que tem cerca de 19% de participação na New York Times Co. e exerce o controle por meio de ações com poderes especiais de voto, tem declarado que não está interessada em vender a companhia. Se Slim exercer o direito de compra dado pelos títulos, passará a controlar cerca de 18% da empresa e se tornará o terceiro maior acionista, atrás apenas da família Ochs-Sulzberger e do fundo de hedge Harbinger Capital Partners.

Com uma fortuna estimada em US$ 60 bilhões, Carlos Slim é o homem mais rico do México e um dos mais ricos do mundo. Entre outras empresas, ele possui a America Móvil, maior operadora de celular da América Latina, que no Brasil controla a Claro. Também é dono da Telmex, controladora da Embratel.

Num comunicado, a diretora executiva da companhia, Janet Robinson, disse que os recursos serão usados para refinanciar dívida, incluindo uma linha de crédito de US$ 400 milhões que vence em maio.

A Times Co. tinha cerca de US$ 46 milhões em caixa e uma dívida que no fim de setembro chegava a US$ 1,1 bilhão e que em grande parte vence nos próximos anos. "Este acordo nos dá maior flexibilidade financeira para continuar a executar nossa estratégia de longo prazo", afirmou.

Para enfrentar os problemas financeiros, a empresa já colocou à venda sua participação no time de beisebol Boston Red Sox e hipotecou sua sede como garantia para um empréstimo de US$ 225 milhões.

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