O avanço tecnológico sempre gerou ansiedade e lamentos de que o trabalho humano seria eventualmente substituído por máquinas inteligentes. Por enquanto, estas previsões se mostraram equivocadas, mas um novo estudo divulgado esta semana traz novos dados para o debate.
Os pesquisadores Carl Benedikt Fre e Michael A. Osborne, da Universidade de Oxford, usaram descrições detalhadas e padronizadas de 702 tipos de ocupações para criar um modelo estatístico que mostra quais são mais ou menos vulneráveis à substituição por computadores.
A conclusão: 47% dos postos de trabalho nos Estados Unidos estão sob "alto risco" de desaparecer nos próximos dez a vinte anos. 33% tem risco baixo e 19% tem risco médio.
O motivo para isso é que a tecnologia está avançando pela primeira vez sobre campos antes considerados exclusivos do trabalho humano: as chamadas tarefas "cognitivas" ou "não-rotineiras".
Há pouco tempo atrás, por exemplo, dirigir um carro por uma cidade era algo considerado complexo demais para ser entendido por um computador. No começo de 2012, o Google anunciou o sucesso de seus testes com carros que não precisam de motoristas.
Três eixos são levados em conta para avaliar a probabilidade de que uma função seja substituída: "necessidade de inteligência social", "criatividade" e "percepção e manipulação". A probabilidade de ser trocado por um computador inteligente é grande para um escrivão e baixa para um profissional de relações públicas, por exemplo.