O dólar opera em queda nesta segunda-feira (8), se mantendo abaixo do patamar de R$ 5, dando sequência às perdas das últimas semanas em meio a um maior otimismo sobre uma recuperação econômica no exterior, embora as incertezas políticas domésticas continuem no radar dos investidores.
Às 13h34, a moeda norte-americana caía 2,31%, a R$ 4,8775.
Na sexta-feira, o dólar fechou em queda de 2,66%, a R$ 4,9930, na menor cotação de fechamento desde 13 de março (R$ 4,8127). Na semana, acumulou queda de 6,44%, no recuo mais intenso para o período desde a última semana de outubro de 2008, segundo o ValorPro. Em 2020, no entanto, a moeda ainda tem alta de 24,52%.
Banco Central ofertará até 12 mil contratos de swap tradicional para rolagem nesta segunda-feira, com vencimentos divididos entre setembro de 2020 e fevereiro de 2021, destaca a Reuters.
Cenário externo e interno
No exterior, permanece o viés mais positivo nos mercados. O salto inesperado nos dados de emprego dos EUA da semana passada alimentou esperanças de uma recuperação econômica global da pandemia de coronavírus mais rápida do que o inicialmente esperado.
No cenário doméstico, permanecem as incertezas sobre a perspectivas de recuperação da economia, em meio ao número ainda alta de novos casos diários da Covid-19 e tensões políticas.
Nesta semana, os economistas do mercado financeiro reduziram novamente a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2020, conforme boletim "Focus" do Banco Central. A projeção passou de uma queda de 6,25% para um tombo de 6,48%.
Já projeção para a taxa de câmbio no fim de 2020 ficou estável em R$ 5,40. Para o fechamento de 2021, permaneceu em R$ 5,08 por dólar.
O cenário para a indústria por sua vez sofreu forte piora, com uma queda estimada agora da produção de 5,35% em 2020, ante contração de 3,59% prevista antes.