Todos os países do mundo se comprometeram a tentar não piorar a situação climática da Terra. O acordo, assinado na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas, a COP 21, estipula os esforços necessários para que que a temperatura terrestre não suba mais do que 2ºC até o fim do século. O tratado é um marco histórico: 195 nações cooperando para salvar o mundo, literalmente. Só tem um problema: alguns cientistas dizem que talvez já seja tarde demais para fazermos o trato dar certo.
O "Acordo de Paris", como foi chamado o plano que saiu da COP 21, é que, se todas as metas de cortes de emissões estipuladas ali forem cumpridas, teremos 66% de chance de mantermos o aumento da temperatura abaixo dos 2ºC.Para o climatologista Kevin Anderson, da Universidade de Manchester, essa probabilidade seria de no máximo 33%, informa o jornalista Claudio Angelo, neste artigo da ONG Observatório do Clima. Anderson deu uma baixada nos ânimos daqueles que enxergavam o acordo como a salvação certa: "As metas do Acordo de Paris não são consistentes com os 2ºC. Não são baseadas em ciência e não têm nada a ver com equidade", afirmou durante COP.