“Bullying” no trabalho contamina até quem não sofre a agressão

Os pesquisadores descobriram que a vontade de se demitir é maior entre os profissionais vítimas de “bullying” do que entre aqueles que não sofrem

"Bullying" no trabalho | Reprodução
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Não é surpresa saber que ser vítima de "bullying" do chefe ou de um colega de trabalho resulta em um aumento nas chances de um funcionário se demitir. Mas qual é o efeito que as provocações e o mau tratamento têm nas pessoas que apenas presenciam situações de abuso? Um estudo mostra que a vontade de deixar o emprego nesses casos é ainda maior.

Ao analisar mais de 350 enfermeiros em 41 hospitais, os professores responsáveis pelo estudo identificaram casos de "bullying" em diversos níveis - desde situações simples, como fazer gestos nervosos, a casos mais graves, como um funcionário impedir que outro use equipamentos importantes, ataques físicos e danos na propriedade alheia. Segundo os autores, o ambiente hospitalar é uma área em que o "bullying" é uma prática comum.

Como era de se esperar, os pesquisadores descobriram que a vontade de se demitir é maior entre os profissionais vítimas de "bullying" do que entre aqueles que não reportam essas situações como um problema no seu ambiente de trabalho. No entanto, entre profissionais que apenas presenciaram situações em que colegas foram mal-tratados, o número de pessoas que consideraram trocar de emprego foi ainda maior.

"Geralmente achamos que as pessoas que sofrem ?bullying" recebem o maior impacto. Mas, de acordo com a pesquisa, os outros funcionários sentem uma indignação moral quando veem outros sendo mal-tratados, o que pode fazer com que eles tenham vontade de deixar a empresa em protesto", explica a professora Sandra Robinson, coautora do estudo.

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