O projeto Literatura Acessível, série de livros infantis em formatos acessíveis escritos pela empreendedora social e doutora em Educação Carina Alves teve destaque. Ele foi escolhido pela UNESCO como um dos mais importantes do mundo na área da alfabetização.
Carina receberá em uma cerimônia realizada pela em Abidjan, Costa do Marfim, o Prêmio Confucio de Alfabetização, criado em 2005.
Fundadora do Instituto Incluir, ONG carioca de projetos de inclusão, Carina comemora a premiação, que destinará US$ 30 mil ao Instituto.
— É um reconhecimento muito importante, especialmente por vir de um organismo internacional com a credibilidade da UNESCO. Prova do nosso acerto ao falar da inclusão de forma lúdica — destacou.
As obras criadas por escritoras como Carina na série Literatura Acessível trazem como protagonistas crianças ativas e alegres portadoras de algum tipo de deficiência, ressaltando a importância da inclusão e da acessibilidade.
— Trabalho com inclusão de crianças e jovens com deficiência há 20 anos. Recentemente, o Incluir ampliou o conceito de inclusão para contemplar pessoas de todas as idades em situação de vulnerabilidade social. No caso do Literatura Acessível, um dos projetos que comando e que ganhou o prêmio da UNESCO, o propósito é transmitir às crianças uma mensagem de inclusão e equidade e servir para que aquelas que tenham alguma deficiência sejam percebidos por sua potência, não pela carência — reforçou a escritora.
A iniciativa produz, reproduz e lança livros em vários formatos, que incluem leitura simples em braille, Libras, audiodescrição e pictogramas. O programa já inscreveu mais de 2 mil alunos, sendo que 55% são meninas e mulheres.