Biden se reúne com Netanyahu já em Israel um dia após ataque a hospital

O presidente dos Estados Unidos desembarca em Israel em um dos momentos de maior tensão no conflito

Biden se reúne com Netanyahu já em Israel um dia após ataque a hospital | Reprodução/Twitter
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, declarou hoje, 18 de outubro, que há indícios de que a explosão no hospital Ahli Arab, em Gaza, não tenha sido causada por Israel. "Segundo o que observei, parece que foi obra do outro lado, não de vocês", disse Biden ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, durante o encontro. Porém, ele destacou que "há muita gente por aí" que não tem essa certeza. 

Biden expressou profunda tristeza e indignação diante do ataque ao hospital. Na terça-feira (17), um bombardeio resultou na perda de centenas de vidas no hospital localizado na Faixa de Gaza, conforme relatado pelo Ministério da Saúde da região, que está sob o controle do grupo Hamas desde 2007. 

O presidente palestino, Mahmoud Abbas, decretou um período de luto de três dias em resposta ao ataque ao hospital, classificado como um massacre pela Autoridade Palestina. Desde 7 de outubro, quando o Hamas lançou uma série de ataques contra Israel a partir da Faixa de Gaza, mais de 4 mil pessoas perderam a vida e milhares ficaram feridas. 

De acordo com especialistas, a visita de Biden a Israel tem o intuito de reafirmar o apoio dos Estados Unidos a Israel e, simultaneamente, buscar evitar que o conflito se alastre para outros países na região, como Irã, Líbano e Síria. O presidente dos Estados Unidos chegou a Israel em um momento crucial do conflito, marcado por uma intensa tensão.

Enquanto busca conter novas escaladas no conflito, Biden procura trabalhar com Israel para elaborar um plano visando à criação de um corredor humanitário para auxiliar a retirada de civis da Faixa de Gaza. Inicialmente, a agenda incluía uma visita à Jordânia após a estada em Israel, mas essa parte da viagem foi cancelada em decorrência da explosão no hospital. Após retornar a Washington, está previsto que o presidente converse por telefone com os líderes da Palestina, Egito e o rei da Jordânia.

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