Especialistas franceses próximos à equipe de investigação técnica avaliam a tese de que o Airbus A330 da Air France tenha se desintegrado em pleno voo, informa o site do jornal francês "Le Figaro".
Segundo o diário, a constatação se deve ao fato de os destroços encontrados até agora --um pedaço metálico de sete metros de diâmetro, encontrado ontem, além de uma poltrona e uma boia laranja, localizados terça-feira-- estarem muito dispersos, distando cerca de 300 km uns dos outros.
Ainda segundo a fonte próxima à comissão de investigação, a desintegração da aeronave teria ocorrido a 10 mil metros de altitude e teria sido precedida por uma explosão.
Já o jornal espanhol "El Mundo" traz a informação de que um piloto da companhia aérea Air Comet, baseada em Madri (Espanha), disse ter visto um "clarão de luz intensa" na área em que o voo AF 447 desapareceu.
O co-piloto e um passageiro do voo da Air Comet, que seguia de Lima (Peru) para Lisboa (Portugal), confirmaram ter visto a luz branca e forte no horizonte. Um comunicado oficial do piloto já foi encaminhado à Air France, à Airbus e à autoridade de aviação civil espanhola. O piloto, que não teve sua identidade revelada, descreveu: "Repentinamente, vimos no horizonte um clarão de luz branca intensa, que percorreu uma trajetória vertical e descendente, extinguindo-se em seis segundos".
Negativa
O ministro Nelson Jobim (Defesa) descartou ontem a hipótese de explosão do avião, depois de a FAB (Força Aérea Brasileira) detectar uma mancha de óleo de 20 km de extensão.
O diretor do BEA (Bureau d"Enquête et d"Analyse), Jean-Louis Arslanian, responsável pelas investigações, disse não apostar em nenhuma das hipóteses. Ele informou que um primeiro relatório será divulgado até o final do mês.