Quando já era manhã de quarta-feira na Ásia, a Lua encobriu completamente o Sol durante alguns minutos. E o dia ficou escuro. Primeiro no norte da Índia, depois no Nepal, em Bangladesh, Butão, Mianmar, na China e no sul do Japão. Sobre o Oceano Pacífico, o fenômeno alcançou a duração máxima: seis minutos e 39 segundos. Um eclipse total do sol tão longo só poderá ser visto outra vez em junho de 2132.
Em Tóquio, a Lua encobriu 75% do Sol, não deu para ver nada porque estava chovendo. Os japoneses, porém, não poderiam perder essa oportunidade única. Uma multidão foi ao Museu de Ciências e Tecnologia de Tóquio para assistir a uma transmissão ao vivo do eclipse do século.
O eclipse total acontece quando a Lua se alinha entre a Terra e o Sol, encobrindo a luz solar na parte do planeta que estiver na sombra do satélite.
Para muitos cientistas, foi uma oportunidade para testar teorias, como a de que a gravidade da Terra diminui durante um evento como esse. Outros aproveitaram o fenômeno para estudar a corona solar, um anel luminoso que fica a um milhão de quilômetros do Sol.
Para as diversas religiões da Ásia, o eclipse teve um significado muito especial. Os budistas, por exemplo, acreditam que tudo o que pensamos, falamos ou fizemos neste período, terá um efeito aumentado.
Os hindus acreditam que é uma manifestação do mal, muitos templos são fechados e as mulheres grávidas não devem sair de casa.
Mas todos concordam que o fenômeno, registrado há centenas de anos pelo homem, ainda hoje causa fascínio.