Um surto infeccioso matou 11 bebês prematuros na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Regional da Asa Sul (HRAS), em Brasília, em pouco mais de um mês. As infecções foram causadas por três tipos de bactérias: Estafilococos, Klebsiella e Serratia, entre outubro e o dia 10 de novembro.
O diretor do hospital, Alberto Barbosa, disse ao Terra que o número de mortes acima dos níveis inaceitáveis (que corresponde a dois ou três bebês por mês) levou o HRAS a reduzir o atendimento. "Restringimos o atendimento para os casos de maior gravidade", disse. Com isso, as gestantes em situações menos graves são transferidas para outros hospitais da rede hospitalar do Distrito Federal.
De acordo com ele, 30 bebês estão na UTI, sendo que seis deles foram isolados para tratamento especial porque estão infectados pelas bactérias. Barbosa destacou ainda que não há contaminação pela KPC (que matou 18 pessoas em Brasília este ano) e que as três bactérias podem ser tratadas e não são super-resistentes.
"Estamos apurando essas mortes. Acreditamos numa associação de fatores", afirmou. Entre eles, segundo o diretor, estão a falta de alguns insumos hospitalares como soros específicos, sondas, cateteres especiais combinada ao deficiente quadro de funcionários e a superlotação da UTI.