Contraste: Nossa Cidade tem Dezenas de obras e Dezenas de Jovens que vão embora

Contraste: Nossa Cidade tem Dezenas de obras e Dezenas de Jovens que vão embora

Aumentam obras, mas, ainda é grande o desemprego | Divulgação

Embora se observe hoje um aumento considerável de obras e construções em vários locais de nossa cidade, nota-se também que o número de pessoas que saem daqui para outros estados e municípios em busca de trabalho e melhores condições de vida, ainda é muito grande.

O curioso é que a maioria destes migrantes que saem daqui para outros centros é composta por jovens, que trabalharão em obras, na maioria, serventes e com o salário quase que equiparado com o que é pago aqui, então por que ir para lá ao invés de trabalhar aqui?

Fiz esta pergunta a seis jovens que aguardavam o ônibus da Empresa Marilene Turismo, rumo a São Paulo e a resposta foi a mesma: ?Carteira assinada e seguro desemprego?, dando a entender, que todos estão em busca de direitos trabalhistas e estabilidade, pelo tempo em que assinarão contrato com as empresas que os contratarão.

Curiosamente os seis rapazes com quem conversei foram chamados a trabalhar por um agente de obra denominado de ?gato?.

Os "gatos" são aliciadores pagos para recrutar o pessoal (na maioria, jovens desempregados e sem escolaridade) de preferência em cidades pequenas do nordeste, para trabalharem em grandes obras ou fazendas do Sudeste, Centro-Oeste e Sul do país.

Segundo os próprios jovens, quem mais lucra com esta negociação é o ?gato?, chegando a faturar R$ 50.000,00, com a contratação da mão de obra para as empresas.

Com dezenas de obras sendo executas hoje em nosso município, o normal seria que se diminuísse o fluxo de migrantes para outros centros de nosso país, mas, a busca por melhores condições de vida, a busca pela estabilidade econômica e acima de tudo a busca pelas garantias trabalhistas, fazem com que mais patoenses, pais de família, jovens desempregados, busquem outras cidades, outras regiões, deixando famílias e amigos, e levando a esperança de poder voltar um dia.

Vale ressaltar que há aqueles jovens que têm objetivos mais simples, como o de acumular dinheiro para comprar uma moto ou um carro, estes na maioria das vezes ficam cerca de seis meses a um ano no trabalho e vêm embora, mas, acabam retornando, quando o dinheiro acaba.



As opiniões aqui contidas não expressam a opinião no Grupo Meio.

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