O Real Madrid lidera pelo sexto ano consecutivo o ranking dos 20 clubes de futebol mais ricos do mundo, divulgado pela empresa de consultoria Deloitte.
A lista, elaborada com base em dados da temporada 2009/10, mostra o time madrilenho com uma receita de cerca de R$ 1 bilhão.
Em segundo lugar, está o Barcelona, com R$ 911 milhões, seguido pelos ingleses do Manchester United, com R$ 801 milhões, e pelos alemães do Bayern de Munique, com R$ 739 milhões.
Dos 20 clubes que aparecem no ranking, sete são ingleses. A Itália e a Alemanha contribuem com quatro representantes cada, enquanto a Espanha tem três e a França, dois.
Pela primeira vez, a soma das receitas dos 20 times que compõem o ranking da Deloitte ultrapassa a marca de R$ 9 bilhões.
Além disto, segundo o repórter de economia da BBC News Bill Wilson, este é o segundo ano consecutivo em que os dez primeiros lugares na lista são ocupados pelos mesmos times - sendo que os seis primeiros colocados mantiveram posições idênticas às da temporada 2008/09.
Os autores do ranking afirmam que o Real Madrid está próximo de igualar o feito do Manchester United, que liderou a lista de clubes mais ricos do mundo por oito anos consecutivos, desde a primeira edição, em 1996/97, até a temporada 2003/04.
A consultoria também esperava ver um impacto da crise econômica global nos resultados dos 20 times do ranking. No entanto, segundo o relatório, isto foi "mais do que assimilado" pela performance das suas receitas em 2009/10.
- Nós insistíamos que os principais clubes de futebol estariam bem posicionados para enfrentar estes desafios devido às suas grandes e fiéis torcidas, pela sua habilidade em conseguir audiência pela TV e por atrair parceiros corporativos.
O Real Madrid manteve a ponta do ranking apesar de uma temporada decepcionante, na qual foi segundo colocado no Campeonato Espanhol e eliminado da Copa dos Campeões da Europa nas oitavas de final pelos franceses do Lyon.
Mesmo assim, o clube espanhol teve um aumento de receita por meio da arrecadação em dias de jogos, pelos direitos de transmissão pela TV e pelas vendas de produtos.
A receita com a venda de ingressos aumentou em 27% na temporada 2009/10, em parte devido ao fato de que o estádio do Real Madrid, o Santiago Bernabeu, recebeu a partida final da Copa dos Campeões.
Para a Deloitte, as novas normas da Uefa, a entidade máxima do futebol europeu, que forçam os clubes que participam de seus torneios de gastar apenas o que arrecadam, darão, pelo menos em teoria, uma vantagem ao Real Madrid, que terá mais dinheiro para gastar em jogadores do que seus concorrentes.