A Copa do Mundo de 2010, na África do Sul, será disputada com as atuais regras do futebol. O presidente da Fifa, Joseph Blatter, confirmou nesta quarta-feira, na Cidade do Cabo, que não haverá nenhuma mudança para o torneio. Blatter descartou o uso da tecnologia e também o aumento no número de árbitros para diminuir os erros de arbitragem.
Irlanda e Costa Rica reclamam que foram prejudicadas nas partidas de repescagem contra França e Uruguai, respectivamente, em novembro. "O futebol é um esporte espontâneo, cheio de tensão. Não podemos imaginar que as partidas sejam interrompidas para a análise de um lance. São os árbitros que esclarecem a situação, temos que manter o espírito", afirmou. Blatter, contudo, deixou claro que tais mudanças podem ser adotadas depois do Mundial.
"Não vamos fechar as portas para o futuro. Estudaremos o tema da tecnologia e de árbitros adicionais para controlar os jogos. Uma comissão será formada para isso", completou. O presidente é a favor da inclusão de dois árbitros a mais em campo. Eles ficariam atrás dos gols para ajudar os auxiliares nos lances mais difíceis. "Vamos fazer uma reunião em março e veremos se alguma coisa vai mudar", emendou.
O sistema de disputa das Eliminatórias também pode sofrer alterações para o Mundial de 2014, no Brasil. Blatter não concorda com a fórmula atual de repescagem, por considerar injusto o confronto entre seleções de diferentes continentes, e também pelo fato de a vaga ser decidida em um "mata-mata".
"Tenho que evitar uma partida adicional depois dos grupos, como aconteceu com Egito e Argélia esse ano (Argélia venceu um jogo extra no Sudão e foi à Copa). Cada Confederação vai estudar os regulamentos atuais para evitar que isso aconteça novamente", afirmou Blatter.