Durante 12 partidas, o Botafogo entrou em campo com uma pequena mancha de quatro milímetros nas costas do uniforme, bem próxima ao número dos jogadores. A maioria dos torcedores, jornalistas e até adversários nem notou. Mas era exatamente essa a ideia por trás da campanha “O Patrocínio que Ninguém Viu”, feita em parceria com o Instituto Melanoma Brasil e as agências End to End e Área 23.
Veja o vídeo:
A ação foi pensada para simular o comportamento de um melanoma, tipo agressivo de câncer de pele que costuma surgir de forma discreta e pode passar despercebido por muito tempo. Assim como a mancha na camisa, que ninguém notou, o câncer também muitas vezes não dá sinais evidentes até ser tarde demais.
Esporte a favor da vida
Para o diretor de marketing do clube, Pedro Souto, a campanha é mais um exemplo de como o futebol pode ir além das quatro linhas.
“Nosso objetivo foi chamar a atenção para uma doença silenciosa. Fizemos essa conexão entre uma manchinha na camisa e um câncer agressivo. Muitas vezes, o que a gente não vê é o que mais necessita de atenção”, destacou.
A presidente do Instituto Melanoma Brasil, Rebecca Montanheiro, reforçou a importância da conscientização.
“O melanoma pode surgir em qualquer parte do corpo, inclusive a partir de uma pinta já existente. Quando identificado cedo, é tratável. Mas, sem diagnóstico precoce, pode se tornar grave”, explicou.
Campanha nas redes e na web
A ação ganhou força também nas redes sociais com a hashtag #SeLigaNasCostas e o lançamento do site opatrocinioqueninguemviu.com.br, com informações educativas sobre o câncer de pele, sinais de alerta e dicas de prevenção.
Com a criatividade como aliada, o Botafogo mostrou que a camisa alvinegra pode carregar muito mais que escudo e número. Pode também carregar vida, mesmo quando ninguém percebe.