A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) divulgou, cerca de três horas após o fim da partida entre Sport e Palmeiras, o áudio da análise do VAR referente ao segundo pênalti marcado a favor do time paulista — lance que gerou forte indignação por parte dos rubro-negros. A partida foi realizada na Ilha do Retiro.
O lance ocorreu aos 42 minutos do segundo tempo, quando o árbitro Bruno Arleu de Araújo assinalou falta de Matheus Alexandre em Raphael Veiga, dentro da área. A decisão foi revisada pelo VAR, comandado por Rodrigo Nunes de Sá e Diogo Carvalho Silva, que confirmaram a marcação de campo.
Durante a conversa, Bruno Arleu afirmou: “Na hora que ele faz o tique-taque, ele toma o toque. Pra mim, eu vejo na hora que ele dá o tique-taque.”
Rodrigo Sá, do VAR, reforçou: “Ele vai tocar na bola, mas não muda a trajetória, que ainda sobra para o jogador de branco. E aí ocorre um calço.”
As imagens continuaram a ser analisadas por diferentes ângulos — que, segundo os próprios árbitros, não eram ideais. Ainda assim, mantiveram a interpretação inicial.
“Depois que ele joga e o jogador tenta prosseguir, há um contato mínimo com o pé. Depois ele arrasta o pé no chão. Ele não desliza antes. Dentro da área, há o calço e isso impacta na ação dele seguir na jogada. O pênalti está confirmado”, concluiu Rodrigo Sá.
Os árbitros ainda checaram um possível toque de mão no início da jogada, mas não encontraram nenhuma irregularidade. A decisão foi mantida e Bruno Arleu confirmou o pênalti em campo, sem necessidade de revisar pessoalmente no monitor. Na transmissão da TV Globo, o comentarista de arbitragem PC de Oliveira discordou da marcação e da análise do VAR.
O pênalti foi convertido por Piquerez, garantindo a vitória por 2 a 1 para o Palmeiras. A decisão gerou grande revolta no Sport. O meia Lucas Lima criticou a arbitragem, dizendo que ela “estragou o jogo”, enquanto o vice-presidente de futebol, Guilherme Falcão, chegou a sugerir a contratação de árbitros estrangeiros para o Campeonato Brasileiro.