Durante as missões da Apollo, no final dos anos 60 e início dos 70, os astronautas foram à Lua e, como esperado, precisavam fazer necessidades. A saída dada pela NASA foi que eles usassem uma espécie de fralda durante a missão e, quando finalmente pisassem na Lua, teriam um saco acoplado às roupas. Para não trazer de volta esses sacos, a ideia genial foi deixar seus excrementos em pleno satélite natural!
Agora, 50 anos depois, cientistas querem voltar à Lua para buscar um total de 96 sacolas de cocô da missão Apollo, para saber se há alguma coisa viva lá.
Parece nojento? Sim, mas tem uma boa explicação. Apesar de ser algo asqueroso, as fezes humanas são compostas por bactérias (cerca de 50%), abrigando ali mais de mil espécies de micróbios que vivem dentro da gente. Resumindo, nosso cocô é um ecossistema rico e perfeito para fazer pesquisas.
Mas nem só de fezes estão preenchidos os sacos deixados pelos astronautas da missão Apollo. Lá também tem urina, vômito, restos de comida e outros tipos de resíduos deixados pelos primeiros a pisar na Lua.
Agora, assim que a agência espacial NASA conseguir voltar presencialmente ao nosso satélite natural, os cientistas poderão estudar todo esse lixo terráqueo deixado pelos astronautas, e descobrir se os nossos micróbios conseguiram sobreviver a todos esses anos longe da atmosfera terrestre. E, se isso tiver acontecido, talvez eles possam também ter sobrevivido a viagens interestelares e, quem sabe, levando a vida para outras partes do universo.