Supertelescópio cobrirá área equivalente ao tamanho de 40 luas cheias

O pesquisador afirmou que o LSST é o telescópio mais potente já construído, que vai capturar informações do universo que antes não podiam ser capturadas

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Supertelescópio cobrirá área equivalente ao tamanho de 40 luas cheias | Foto: Vera C.Rubin Observatory/Divulgação Geral

Mais de 100 pesquisadores brasileiros, de 26 universidades em 12 estados, participam do projeto internacional Legacy Survey of Space and Time (LSST). Este projeto, iniciado em 2015, envolve a construção de um supertelescópio em Cerro-Pachón, no Chile, que começará a operar em 2026 e criará o maior mapa do universo, com 37 bilhões de estrelas e galáxias. 

A participação do Brasil é coordenada pelo Brazilian Participation Group (BPG-LSST), por meio do Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia (LIneA), apoiado pelo Observatório Nacional, LNCC e RNP. A recente chamada do LSST incluiu três pesquisadores seniores do Brasil, incluindo Daniel de Oliveira, professor da UFF.

EQUIPAMENTO MAIS POTENTE JÁ CONSTRUÍDO

O pesquisador afirmou que o LSST é o telescópio mais potente já construído, que vai capturar informações do universo que antes não podiam ser capturadas por limitações de equipamento. “Isso gera um volume grande de dados. Minha participação é exatamente para isso: para a gente poder processar esse volume de dados em tempo hábil, sem ter que esperar meses para alguma conclusão”. Ele vai desenvolver algoritmos e tecnologias nas áreas de banco de dados, inteligência artificial e visualização.

Câmera focal do projeto LSST - Vera C. Rubin Observatory/Divulgação 

COMO VAI FUNCIONAR?

O telescópio vai funcionar de duas formas. A cada três dias, ele se volta para o mesmo lugar do céu. “Na verdade, cada ponto do céu vai ser observado mais de mil vezes durante o período de dez anos. Então, você vai fazer um filme do universo dinâmico com as imagens que vão ser adquiridas”, ressaltou. Também será feita a soma das imagens coletadas, criando-se uma imagem profunda de todo o Hemisfério Sul. “Uma quantidade de dados que a astronomia nunca teve. Um dilúvio, na verdade.” 

Nicolaci afirmou que a câmera do LSST apontada para o céu tem uma visão que corresponde a 40 luas cheias. “Pela primeira vez na astronomia, a gente vai ter esse domínio temporal, porque as observações são feitas em menos de um minuto. Você vai capturar explosões, objetos em movimento. É realmente sem precedentes.”

(Com informações da Agência Brasil) 



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