Ser esquecido é sinal de inteligência, aponta pesquisa

Quem diz não é simplesmente outro esquecido em defesa própria, mas sim cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá

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Se você é do tipo que volta e meia percebe que esqueceu-se de detalhes, histórias ou informações ao longo do dia, não se preocupe: trata-se não só de algo normal, como importante – e que faz bem para nosso cérebro e até mesmo para nossa inteligência. Quem diz não é simplesmente outro esquecido em defesa própria, mas sim cientistas da Universidade de Toronto, no Canadá, que realizaram um estudo sobre esquecimento que revelou que apagar certas memórias é fundamental para otimizar o funcionamento cerebral.  As informações são do Hypeness.

“É importante que o cérebro esqueça detalhes irrelevantes e se concentre em coisas que nos ajudarão a tomar decisões no mundo real”, afirmou Blake Richards, um dos cientistas por trás da pesquisa, publicada em 2018. A fim de preparar o cérebro para reflexões e decisões importantes, o próprio órgão nos ajuda a esquecer de detalhes e aspectos de eventos passados, em novas células que criam novas conexões, tornando as memórias antigas mais difíceis de serem acessadas. “Se você está tentando navegar pelo mundo e seu cérebro está constantemente trazendo memórias conflitantes à tona, fica mais difícil para você tomar uma decisão informada”, esclarece o cientista.

A pesquisa partiu de experimentos com roedores, e concluiu que hoje em dia ser esquecido pode sim ser um sinal de inteligência. Naturalmente que tal conclusão não se refere a esquecimentos profundos e constantes, capazes de atrapalhar nosso funcionamento diário – nesses casos uma ajuda médica é fundamental. E para “limpar” o cérebro para novas conexões, Richards recomenda algo tão simples quanto uma lembrança recente: exercícios físicos. “Sabemos que o exercício aumenta o número de neurônios no hipocampo. Isso pode fazer com que algumas lembranças se percam, mas são exatamente aqueles detalhes de sua vida que realmente não importam, e que podem te impedir de tomar boas decisões”, explica.

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