Moradora de aldeia remota só consegue mantimentos por avião a cada 2 meses

Salina Alsworth compartilha rotina em comunidade isolada que recebe suprimentos por avião apenas a cada dois meses

Salina Alsworth mora em Port Alsworth, no Alasca | Foto: Reprodução/YouTube Salina Alsworth mora em Port Alsworth, no Alasca | Foto: Reprodução/YouTube
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A rotina de Salina Alsworth, uma jovem de 27 anos que vive em Port Alsworth, uma das aldeias mais remotas do Alasca (EUA), tem chamado a atenção nas redes sociais. Com mais de 180 mil inscritos em seu canal no YouTube, ela documenta o cotidiano em uma comunidade de apenas 180 habitantes, onde não há lojas, bares ou restaurantes, e o acesso a suprimentos depende de aviões que chegam a cada dois meses.

A aldeia, fundada na década de 1940 como parte de um programa de colonização do governo americano, foi onde os bisavós de Salina se estabeleceram após provarem que conseguiriam viver de forma autossuficiente. Hoje, a única conexão com o mundo exterior é uma viagem de 320 km até Anchorage, a cidade mais próxima, acessível apenas por via aérea.

como enfrentar inverno rigoroso

Nos vídeos, Salina mostra como os moradores se preparam para enfrentar o inverno rigoroso, estocando alimentos como salmão fresco (pescado em julho) e carne de alce (obtida na temporada de caça em setembro). "Tento comprar tudo em outubro para durar até maio", explica. As tempestades de neve e a neblina frequentemente interrompem os voos, deixando a comunidade isolada por dias ou até semanas.

desafios à saúde

A vida em Port Alsworth também impõe desafios na saúde. A aldeia não tem hospital – apenas uma pequena clínica para atendimentos básicos. Em casos graves ou partos, os moradores precisam ser transportados de avião para Anchorage.

Apesar das dificuldades, Salina afirma que não trocaria a vida na comunidade por nada. "Sempre pensei que viveria aqui. Estamos sempre cuidando uns dos outros", diz ela, que divide o cotidiano com o marido, Jared Richardson, um guia de pesca que se adaptou à rotina isolada após se mudar do Michigan.

Seus vídeos, que mostram desde a coleta de lenha de trenó até receitas para dias gelados, revelam um estilo de vida marcado pela simplicidade e solidariedade"Quando queremos uma cerveja ou um lanche, usamos o que temos na despensa", brinca. A história de Salina não apenas viralizou, mas também despertou admiração por mostrar a resistência e união de quem escolheu viver longe dos centros urbanos.

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